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Personalidades Mineiras – Tancredo Neves

Tancredo de Almeida Neves, foi um advogado, empresário e político brasileiro
(São João Del-Rei, 4 de março de 1910 — São Paulo, 21 de abril de 1985) .

TANCREDO NEVESEm 15 de janeiro de 1985 foi eleito presidente do Brasil pelo voto indireto de um colégio eleitoral, mas adoeceu gravemente, em 14 de março do mesmo ano, véspera da posse, morrendo 39 dias depois, sem ter sido oficialmente empossado. Tancredo foi vítima de diverticulite (inflamação que se manifesta no intestino grosso), porém para alguns, a causa da sua morte até hoje não foi devidamente esclarecida, existindo suspeitas de que tenha levado um tiro por setores radicais das Forças Armadas, que não admitiam a redemocratização.[2].

Apesar de ter falecido antes de ser empossado, pela Lei nº 7.465, promulgada no primeiro aniversário de sua morte, seu nome deve figurar em todas as galerias de presidentes do Brasil. Tancredo foi o último mineiro a ser eleito presidente do Brasil no século XX, tendo o próximo presidente brasileiro natural de Minas Gerais sido eleito somente em 2010 com a vitória de Dilma Rousseff.homenagem - selo do centenario de nascimento do presidente tancredo neves

Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve três filhos. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra. Era chamado por seus próximos por "Doutor Tancredo". É avô de Aécio Neves, governador de Minas Gerais entre 2003 a 2010.

A doença, a posse e a morte.

Tancredo havia se submetido a uma agenda de campanha bastante extenuante, articulando apoios do Congresso Nacional e dos governadores estaduais e viajando ao exterior na qualidade de presidente eleito da República. Tancredo vinha sofrendo de fortes dores abdominais durante os dias que antecederam a posse. Aconselhado por médicos a procurar tratamento, teria dito: "Façam de mim o que quiserem - depois da posse".

Tancredo temia que os

militares da chamada "linha-dura" se recusassem a passar o poder ao vice-presidente. Tancredo decidiu só anunciar a doença no dia da posse, 15 de março, quando já estivessem em Brasília os chefes de estados esperados para a cerimônia de posse, com o que ficaria mais difícil uma ruptura política.

Porém, a sua saúde não resistiu e, na véspera da posse (14 de março de 1985), adoeceu com fortes e repetidas dores abdominais durante uma cerimônia religiosa no Santuário Dom Bosco, em Brasília. Foi, às pressas, internado no Hospital de Base de Brasília. Ao primo Francisco Dornelles, indicado à época para assumir o Ministério da Fazenda, Tancredo afirmara que só aceitaria se submeter à cirurgia se tivesse garantias que Figueiredo iria empossar o vice-presidente (José Sarney).

José Sarney assumiu a Presidência em 15 de março, aguardando o restabelecimento de Tancredo. Leu o discurso de posse que Tancredo havia escrito e que pregava conciliação nacional e a instalação de uma assembleia nacional constituinte.

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Não celebramos, hoje, uma vitória política. Esta solenidade não é a do júbilo de uma facção que tenha submetido a outra, mas festa da conciliação nacional, em torno de um programa político amplo, destinado a abrir novo e fecundo tempo ao nosso País. A adesão aos princípios que defendemos não significa, necessariamente, a adesão ao governo que vamos chefiar. Ela se manifestará também no exercício da oposição. Não chegamos ao poder com o propósito de submeter a Nação a um projetoCquote2.svg, mas com o de lutar para que ela reassuma, pela soberania do povo, o pleno controle sobre o Estado. A isso chamamos democracia!
Tancredo Neves

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