Segundo Brigina Kemp é preciso reforçar a necessidade de medidas básicas de higiene: lavar bem as mãos, os alimentos e, de preferência, cozinhar frutas e verduras.
Médicos de postos de saúde e hospitais de Campinas, a 93 km de São Paulo, estão em alerta após a suspeita de contaminação da bactéria 'Escherichia coli' por duas pessoas que estão na cidade. Segundo a Secretaria de Saúde, dois moradores da cidade, um deles, um professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apresentaram sintomas após viajar para a Europa, onde a bactéria causou um surto com registro de mortes.
Segundo a Secretaria de Saúde, os pacientes passaram por exames que foram encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz, na capital, para a confirmação da contaminação. O resultado da análise não tem previsão de ser divulgado.
Em nota, o Ministério da Saúde recomenda que pessoas em viagem internacional, principalmente aos países da Europa e aos Estados Unidos, não devem comer alimentos crus, sobretudo vegetais e produtos de origem animal. Não há nenhuma recomendação de restrição de viagem e é importante seguir as orientações das autoridades de saúde do país visitado. Além disso, o governo afirma que, mesmo com a suspeita em Campinas, “não há risco de surtos no Brasil a partir destes casos”.
Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica Brigina Kemp, é possível a transmissão entre as pessoas e também por meio de alimentos contaminados. “Outras pessoas que tiveram contato com quem chegou de viagem também devem tomar cuidado”, disse a especialista.
O tipo raro de E.coli tem a capacidade de furar a parede do intestino, onde libera toxinas. Alguns pacientes necessitam de cuidados intensivos, como diálise. Segundo Brigina é preciso reforçar a necessidade de medidas básicas de higiene: lavar bem as mãos, os alimentos e, de preferência, cozinhar frutas e verduras. As medidas evitam também futuras transmissões.
Fonte: G1